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  • Foto do escritorIsabela Picolo

Noite Passada em Soho tem plot sem sentido? Talvez!

"Um assassinato no passado e um mistério no futuro" é o que promete o novo filme do diretor Edgar Wright, que também junto com Krysty Wilson-Cairns roteirizou o longa.


Já não lembro porque eu estava tão curiosa para ver esse filme e tampouco o hype que eu estava sentindo. O filme teve longos adiamentos de estreia por conta da pandemia. Não sou a maior fã de Edgar Wright, embora eu goste muito de Todo Mundo Quase Morto, mas Noite Passada em Soho tinha algo que me chamou a atenção. Antes de assistir não fui atrás de sinopse ou trailer, então eu não sabia nada a respeito, a não ser parte do elenco e a direção.


O filme aos poucos embarca em uma nostálgica e fascinante Londres na década de 60, mas começa nos dias de hoje, quando a aspirante à estilista Eloise (Thomasin McKenzie), vai até a cidade para estudar moda. Lá o ambiente é hostil, ela não é bem recebida pelos outros estudantes e logo a protagonista se vê isolada e sem amigos. A única coisa que a faz se sentir ‘em casa’ é uma estranha e sobrenatural conexão com os anos 60. Ela consegue de alguma forma voltar em seus sonhos para o passado e presenciar momentos, que no começo são incríveis e passam aos poucos a ficar perturbadores. Uma jovem chamada Sandy (Anya Taylor-Joy) aparentemente morou em seu quarto e começa a aparecer para e Eloise. Ela fica encantada com o glamour de sua vida, mas vai descobrindo que Sandy não teve a vida que sonhou.


É fácil perceber a intenção do diretor ao tentar tirar aquele peso e tropo de mulher louca na perspectiva de alguns personagens, enquanto outros ainda julgam sua sanidade mental. O problema maior está na reviravolta, que talvez surpreenda alguns, mesmo me parecendo muito básica e que não valoriza e acaba vilanizando personagens que mereciam algo a mais. Outra questão importante é que essa grande descoberta, assim como outras revelações caem sob a personagem que acredita nas informações, sem ao menos procurar a verdade.


Embora tenha a capacidade de imersão total na trama – que vejo como algo bem positivo- depois de um tempo não se tem qualquer respiro nas cenas caóticas. Vemos Eloise correr boa parte do filme e suas alucinações que aparecem ‘do nada’ deixam a situação muito incômoda e irritante por conta da repetitividade.


O diretor deixa mais uma vez sua marca registrada na trilha sonora, mas dessa vez ele teve a ajuda de Quentin Tarantino, principalmente na escolha do nome do nome Last Night in Soho, música de Dave Dee, Dozy, Beaky e Mick & Tich.


Acredito que Last Night in Soho seja um filme para se ver no cinema, não desprezando bom e velho sofá. Foi uma grande experiência cinematográfica e diferente do que eu tinha sentido ultimamente com filmes de gênero recentes que assisti. Sua estreia acontece dia 18 de novembro aqui no Brasil.



 

Noite Passada em Soho

Last Night in Soho


Direção Edgar Wright

Duração 116 min

Gênero(s) Terror, Suspense, Thriller

Elenco Anya Taylor‑Joy, Thomasin McKenzie, Matt Smith, Diana Rigg +

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