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  • Foto do escritorIsabela Picolo

Talk to Me (2023): Crítica sem spoilers

Fale Comigo (Talk to Me) se tornou um dos filmes de terror mais aguardados do ano. Ele saiu de um estúdio independente e foi parar nas mãos da A24, que está distribuindo o filme nos EUA. Quando o filme foi exibido no festival de Sundance em janeiro deste ano, a sua fama só foi crescendo e com isso um hype se tornou inevitável.


Na premissa, Mia (Sophie Wilde) é uma jovem que perdeu a mãe e está lidando com isso há dois anos. Ela não tem um bom relacionamento com seu pai, no qual não confia mais e acredita que ele está escondendo algo a respeito dessa morte. Por todos esses problemas familiares, ela se afasta do pai e se vê acolhida pela família de sua melhor amiga, Jade.


Acompanhamos jovens aparentemente entediados que passam horas se comunicando com espíritos. Uma mão embalsamada é uma espécie de portal para a comunicação com os mortos. Se você ultrapassar o tempo de 90 segundos, o espírito vai querer permanecer no plano dos vivos.

Por não entenderem direito o que é aquilo e pela sensação que a experiência proporciona, eles se sentem bem ao fazerem a brincadeira. No filme é tratado como se fosse uma espécie de vício, como se a sensação fosse tão boa para quererem mais e mais.

Independentemente da ideia não ter uma grande originalidade, já que apenas o elemento da mão embalsamada pode soar mais autêntico- pelo menos pra mim- existe um grande peso dramático na maneira que as coisas são conduzidas. O fato do filme lidar com um trauma e um luto partindo da personagem principal, isso a torna vulnerável e sedenta por respostas que a faz tomar uma decisão errada atrás da outra.


Longe de jumpscares, o filme pesa a mão no impacto visual e na brutalidade, mas não se sustenta em criar tensão com qualquer coisa inútil. Destacando novamente que essa é uma produção de baixo orçamento que se utiliza muito mais da criatividade e efeitos práticos, conduz um suspense muitas vezes através de um olhar ou expressão de um personagem que está vendo algo que não parece nada agradável, só que nem sempre é mostrado. Esse suspense em que escolhe ou não mostrar o que o personagem está vendo enriquece demais a tensão.


Me impressionou como esse filme pareceu ser mais longo do que ele é, e isso não é um comentário negativo nesse caso. Com 95 minutos consegue introduzir muito bem toda a trama e personagens. Isso é muito importante porque precisamos da bagagem deles para que o elemento da comunicação com os espíritos seja colocado de forma natural. Ninguém aguenta mais jovens tomando decisões estúpidas e fica visível a tentativa disso não ser arma de roteiro. A partir do ponto que o maior problema acontece, lá pela 1 hora de filme, os 30 minutos restantes parecem pouco para que muita coisa seja resolvida, mas pasmem, isso é feito sem nenhum atropelamento ou dando aquela sensação que o filme tentou correr para entregar logo o final. Sim, apesar da A24 já ter anunciado uma continuação, o filme tem final.


Geralmente faço comparações com outras obras quando me pego analisando algum filme novo. Embora eu tenha pego algumas possíveis referências, dessa vez vou deixar para vocês falarem com o que Talk To Me se parece e no que vocês lembraram quando assistiram o filme.


Comente o que você achou do filme ou se você pretende ver!
 

TALK TO ME (2023)

Fale comigo


Direção Michael Philippou e Danny Philippou

Duração 95 min

Gênero(s) Horror, Sobrenatural, Drama

Elenco Sophie Wilde, Joe Bird, Alexandra Jensen, Otis Dhanji +

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